Contexto nacional: primeiro caso em aves comerciais no RS
A medida ocorre após a confirmação, em 15 de maio, do primeiro caso do vírus em aves comerciais no Brasil. O foco foi registrado em um matrizeiro no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A decisão de Goiás segue as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por mais 180 dias a emergência zoossanitária nacional por meio da Portaria nº 784/2025.
Histórico de prevenção em Goiás
Goiás já havia adotado uma postura preventiva em 2023, com o Decreto nº 10.297, também de emergência zoossanitária, que vigorou por 180 dias e foi prorrogado várias vezes. A nova publicação atualiza e reforça as estratégias de biossegurança em alinhamento com o governo federal.
Objetivos do novo decreto
O novo decreto, com validade de 180 dias, tem como principais metas:
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Agilizar a mobilização de recursos em caso de surtos;
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Fortalecer a coordenação entre instituições públicas e privadas;
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Reforçar medidas de biossegurança e controle sanitário;
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Mitigar o risco de entrada do vírus nos plantéis goianos;
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Proteger a saúde humana e animal, conforme os princípios da Saúde Única;
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Manter a estabilidade econômica e comercial do setor avícola estadual.
Importância estratégica da avicultura em Goiás
A avicultura é um setor fundamental para o agronegócio goiano e brasileiro. Em 2024, o Brasil produziu cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, liderando o ranking mundial de exportação. Goiás ocupa a 4ª posição nacional, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde, o segundo e o sexto maiores do Brasil, respectivamente. No estado, o setor emprega mais de 240 mil pessoas diretamente.
Alerta para produtores e população
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou que a medida é estratégica para proteger a economia e os plantéis avícolas goianos. Segundo ele, “ações rápidas e coordenadas são fundamentais para evitar prejuízos sanitários e comerciais.”
O diretor de Defesa Agropecuária da Agência, Rafael Vieira, reforça que todos os elos da cadeia produtiva devem seguir rigorosamente as normas de biosseguridade e comunicar qualquer suspeita de doença em aves pelos canais oficiais da Agrodefesa.